O “Boom” dos PC’s
Em 1998, Os processadores Pentium II eram já uma realidade que, quando conjugados com o novo sistema operativo da Microsoft, representavam uma forte ameaça ao mercado dos Mac na indústria gráfica, devido à relação qualidade/preço. Já era possível trabalhar com praticamente todo os programas num PC, e como este tipo de computador começava a ser standarizado nas empresas, implantou-se novo hardware na sala de Multimédia. Foram adoptados os Pentaq e HP Vectra. Eu comecei a trabalhar num HP com ecrã de 17’’ e tinha já uma capacidade de disco medida em Gigabytes! Era bem versátil esse PC, tanto que, no último trimestre de 99, fiz o meu primeiro CD-ROM interactivo! ah, foram também adquiridas novas impressoras, a cores e a jacto de tinta, a Epson Stylus Color 700 era pau para toda a obra…
O Natal de 98 foi especial! O meu LC, coitadinho, estava velho e desactualizado! Só mexia nele porque não tinha outro! Num fim de tarde de Dezembro, cheguei a casa depois de mais um dia de formação, dirigi-me ao meu quarto para descansar, e, qual é o meu espanto, estava em cima da minha secretária, uma magnífica torre (CPU), um monitor ProView de 17 polegadas, uma fantástica impressora Epson Stylus Color 650, e um scanner de mesa Umax. Aquele material marcaria uma viragem na minha maneira de trabalhar! O computador estava equipado com um Intel Pentium II a 333Mhz, memória RAM de 64 MB, disco rígido de 20 gigas. Tinha um leitor de CD-ROM da Philips que já lia a 24 velocidades. Tudo aquilo era fascinante para mim, e tornei-me num adepto dos PC’s, definitivamente! Mais tarde, adquiri até um bom gravador de CD’s de marca TEAC que já gravava a 8X, e cujo preço rondou os 70 contos, um exagero! Usava os fiáveis CDR’s Mitsai que eram os melhores para gravar jogos e afins, cheguei a ter 50, que viciado!!! Foi realmente um tempo mágico, em que aprendi muita coisa ligada à Multimédia e comecei a dominar novo software como o Premiere e o Multimedia Builder. 1999, o último ano do meu curso, correu bem, e acreditava que o meu grande sonho, ter um emprego, poderia ser realizado, apesar da minha quase inexistente autonomia física, sendo o computador, o Design e a Multimédia fortes trunfos a meu favor! O que me reservaria a viragem do milénio?
Praticamente, o Bug do ano 2000 não existiu, existiu sim um bug na minha vida! Acabado o curso, era mandado para casa sem emprego, sem estágio, sem nada. O sonho morria lentamente e o meu PC era, praticamente, a minha única companhia. Para me entreter, investi mais uns escudos numa placa PCTV da Pinnacle, cerca de 18 contos, e esta servia, fundamentalmente, para passar o tempo fazendo montagens de vídeos das velhas cassetes VHS e também de programas televisivos. Tive também uma drive Zip que comportava disquetes de 100MB para efeito de armazenamento de informação. Por essa altura, já era cliente Telepac, acedendo à Internet meia horita por dia para ver os meus e-mails, enviar e remover ficheiros via FTP e para dar dois dedos de conversa no ICQ. Ligava-me à net através da linha telefónica e, durante esse período, ninguém fazia nem recebia chamadas lá em casa. Como a Telepac tinha carregamentos obrigatórios, pesados para o meu orçamento mensal, mais tarde mudei para a Clix, mais económica mas, ao mesmo tempo, mais lenta, ia muitas vezes a baixo, e tinha que me reconectar constantemente, ouvindo o ruído “espacial” do modem analógico, mas o bichinho de cybernauta já estava em mim. E os dias longos e cinzentos lá iam passando…
Em 2001, a minha vida sofreu outra viragem! Conseguia um estágio na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, oportunidade única para realizar o meu grande sonho! O computador e os conhecimentos adquiridos seriam as minhas únicas armas. Foi-me então disponibilizado pela faculdade um PC da HP, mas estive pouco tempo com ele em mãos, porque foi substituído pelo Compaq Deskpro, equipado com o processador Pentium III, 512 megas de Ram e HDD de 20 gigas, uma máquina bem versátil, completada com um monitor de 17 polegadas também da Compaq (HP). O CD-ROM, o drive de disquetes e as colunas de som, completam o hardware que ainda hoje utilizo para efectuar as tarefas diárias no emprego. Passados alguns anos, o software é actualizado e o computador continua com um excelente desempenho, admiravelmente! Ao meu dispor, no meu gabinete, tenho também uma HP Color Laserjet 4000N que imprime os meus trabalhos em série com uma qualidade e rapidez que ainda hoje me surpreende, uma verdadeira impressora a laser cujo toner tem uma durabilidade bastante aceitável! Trabalho também com a HP Deskjet 1220C. Esta imprime em formato A3 mas a jacto de tinta, o que faz desta uma impressora pouco económica. No seu todo, disponho de bom material informático no emprego.
Mas voltando ao passado, 2001 foi um ano repleto de emoções! Tendo assegurado o meu emprego como designer gráfico, na categoria de assistente administrativo, achei que estava na altura de trocar o meu já ultrapassado Pentium II. A opção foi, na altura, apostar num PC equipado com o processador da concorrência, o AMD Athlon a 1.4 GHz, notando então uma melhoria significativa quando comparado com 333 MHz! Os 128 MB de Ram e os 40 GB de disco faziam daquele novo computador a aposta perfeita para mim, tendo já um leitor de DVD como novidade. Do equipamento anterior fiquei com o monitor, o gravador de CD’s, a placa TV e o Zip Drive, a impressora e o scanner. Não se podia comprar tudo duma só vez! Essa CPU já foi paga na nova moeda e custou cerca de 800 euros com o velho à troca!
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