domingo, 13 de março de 2011

Memórias Tecnológicas - Parte III


A transição para os PC’s

Entretanto, passara para o 10º ano e escolhi Informática pela Área C. Como a sala dos computadores localizava-se no último piso, em termos de acessibilidade, era difícil eu ter aulas em conjunto com a turma, teria de as ter em separado. Essas aulas tinham lugar na tal sala Minerva com a professora de informática. A matéria, como é evidente, era baseada nos PC’s, e, como tal, eu teria que ter um à disposição! Comecei então a dar os primeiros passos num ambiente diferente daquele a que eu estava habituado, e puseram-me à frente um 486 com ecrã VGA, um PC bom para a época. Nessa época, já havia o Windows 3.1, o qual dava indícios de que o sistema Mac estava prestes a ter concorrência! Claro que, sendo eu um aficionado dos Macs, achava básico aquele sistema ainda simples e muito técnico de janelas, mas adaptara-me bem ao PC, e até já possuía um software específico para mover o rato com o teclado, à semelhança da técnica adoptada no Macintosh, e comecei a me safar bem. Havia uma vantagem: era fácil arranjar programas e jogos para aquilo.

Em casa, continuava a achar o meu computador muito superior, mas chegara a hora de investir algum dinheiro nele. Entre alguns componentes, destaco: um disco rígido externo Apple com 80MB de capacidade, no valor de 60 contos; 8MB de memória RAM custou aos meus pais mais 20 mil escudos; e uma inovação: por um leitor de CD-ROM externo foram desembolsados mais 30 contos do orçamento familiar! Já podia comprar revistas especializadas com diversos utilitários para Macintosh, mas manter actualizado um Mac LC com 2 anos começava a não compensar! Entretanto, conseguia conjugar bem o computador de casa com o da escola, apesar da compatibilidade quase inexistente entre os dois, e como prova disso mesmo, em 93 surgiu o pequeno livro “Nadas Vitais” de minha autoria. Os PC’s começavam-me a conquistar, principalmente porque eu via colegas a trocarem joguinhos em disquetes, e eu não tinha ninguém para fazê-lo, e por falar em disquetes, uma caixinha de 10 unidades custava a módica quantia de 5 mil escudos, que exagero! As aulas de informática corriam optimamente bem, já que era dos poucos alunos a tirar 20 nos testes! Já dominava o MS-DOS, já sabia o que eram periféricos de entrada de saída, o código ASCII, etc…

Gostava já muito dos PC’s, ao ponto de me darem uma daquelas relíquias antigas, só com o DOS 1.x e com drive de disquetes 5.4 com capacidade de poucos kapas! Ao princípio até achei uma certa piada, mas depois desfiz-me daquele museu porque, realmente, não precisava daquilo para nada. Até completar o 12º ano em 1995, não houve grandes mudanças, mas nesse mesmo ano, saía o Windows 95, um grande salto para o futuro dos computadores pessoais!

Em 1996, entrei para um centro de formação profissional: o CRPG em V. N. Gaia. No primeiro mês, prestei provas das minhas aptidões informáticas num PC que já não era recente, nem a Pentium chegava, mas aguentava bem com o Win95 e outra novidade: o Office 95, um pacote de programas essenciais para trabalho de escritório. O Word e o Excel estavam agora melhores do que as versões do Mac que eu conhecia bem. Ultrapassei todas as provas sem dificuldades…

Chegara a hora de escolher um curso e o Design Gráfico foi a minha escolha, uma opção arrojada que me podia dar o futuro com que eu tanto sonhava! Antes de iniciar a formação em Design propriamente dita, estive meio ano noutra sala de formação a explorar programas diversos, entre os quais, destaco o FileMaker, ferramenta de bases de dados. O PC era em tudo idêntico ao utilizado anteriormente. Em meados de 97, mudava-me definitivamente para a sala de Design.

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